Deparei-me com uma ansiedade incontida ao saber que iria lecionar língua inglesa numa escola de ensino médio. Comecei. Esforcei-me para aplicar os conhecimentos obtidos nos cursos que havia feito. Minhas primeiras exposições foram barradas por algumas frases dos alunos:
– Peraê, teacher, a gente não sabe nem o português...
– Fessora, como é que se diz “burro” em inglês pra eu chamar aquele menino...
– Prof, em inglês, eu só aprendi “the book is on the table”...
Curioso mesmo foi observar o diálogo entre duas alunas que tentavam responder uma atividade escrita proposta numa das minhas aulas:
–Home é homem–disse uma.
–Não! Home é mulher!– retrucou a outra.
Após exaustiva discussão, uma delas dirigiu-se a mim e perguntou:
–Afinal, professora, home é homem ou mulher?
As experiências eram(e continuam sendo!) das comuns às mais insólitas, muitos alunos faziam perguntas sobre a tradução de nomes de marcas famosas, frases de cadernos, letras de músicas, mensagens de celular, “como é meu nome em inglês?”. Um estudante foi apelidado de TOBÉ por seus colegas. O fato que originou essa alcunha ocorreu na aula de outra professora , a qual, após transcrever no quadro o nome do verbo a ser estudado, obteve a nova pronúncia do famoso to be. E mais: alguns alunos amam fazer adaptações à língua inglesa. Certa vez, antes de apagar o quadro, perguntei :
–Copiaram?
–Copiation[leia-se : copiêixan] – respondeu a divertida Karine.
Oh, my God!
Professora Rosana Souza
Complicado viu, Profª.!! Via isso quando estava dando aula em colégio com Educação Física também. Alunos sem base alguma, já no ensino médio e que pouco sabem somar ou compor uma frase e ainda com muitas falhas. Complicado essa nossa escolha, mas desafiadora e satisfatória quando conseguimos passar algo pra eles.
ResponderExcluirAdorei o blog! ;)
Obrigada pelo feedback, Li. Beijos e sucesso!
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